Nossos Princípios

Equidade

Acreditamos que a equidade racial não deve ser compreendida só como ponto de partida, mas como parte de todo o processo e resultado alcançado. É começo, meio e fim de tudo que fazemos e pensamos.

Mobilização

Adotamos uma governança colaborativa, compartilhando o poder com as organizações negras, quilombolas e indígenas em todas as ações do projeto.

Escuta

Garantimos a escuta, a co-criação e o protagonismo de negros, indígenas e quilombolas no projeto, especialmente da juventude.

Perspectiva analítica

Assumimos uma perspectiva analítica interseccional em nosso trabalho dada a sobreposição de opressões e discriminações existentes em nossa sociedade.

Perspectiva intercultural

Adotamos uma perspectiva intercultural com trabalho contextualizado e adequado às especificidades dos territórios.

Estado laico

Defendemos ativamente a laicidade do Estado e o combate ao racismo religioso.

Protagonismo

Reconhecemos o protagonismo e os acúmulos históricos das organizações do movimento negro, quilombola e indígena na agenda de equidade racial. Honramos quem veio antes e buscamos caminhar juntos.

Governança colaborativa

Somos organizações co-responsáveis que trabalham em conjunto na mobilização e articulação em rede no projeto.

Entendimento

Entendemos o racismo como um sistema de dominação racial.

Diversidade

Respeitamos e valorizamos a diversidade.

Antipunitivismo e antiproibicionismo

Acreditamos que no antipunitivismo e antiproibicionismo como princípios de uma educação emancipadora e crítica.

Acessibilidade

Nos comprometemos com a acessibilidade em todos os processos e produtos do projeto.

Se identificou? Saiba como contribuir:

Central de Ajuda

Reunimos em categorias as respostas para as suas principais dúvidas. É só clicar no assunto que procura para filtrar as perguntas já respondidas.

O racismo estrutural no Brasil tem dificultado, de forma sistêmica, o acesso ao direito a uma educação pública igualitária e de qualidade pelos estudantes negros, quilombolas e indígenas. A qualidade da educação que as crianças recebem no Brasil é profundamente segmentada por status racial e socioeconômico. E, hoje, identifica-se que as lacunas entre crianças brancas e crianças negras, quilombolas e indígenas, em todos os indicadores da educação básica, são persistentes e mais graves para jovens de 11 a 17 anos. Crianças e jovens negros, quilombolas e indígenas são os mais propensos a abandonar a escola, têm maiores taxas de exclusão e menor nível educacional. Portanto, a eles são destinados os empregos de menor prestígio e salários mais baixos quando adultos. Enquanto isso, os alunos brancos internalizam as desigualdades raciais a que são expostos nas escolas e as replicam quando adultos. Quando se observa os indicadores de aprendizagem, conclui-se também que não há apenas mais barreiras de acesso à escola para crianças negras, quilombolas e indígenas, mas, que uma vez na escola, essas crianças são menos propensas a acessar à educação de qualidade.

O Projeto SETA busca realizar ações transformadoras com base em evidências resultantes de estudos que ajudam a compreender a complexidade das relações raciais no país e as problemáticas delas decorrentes que precisam ser enfrentadas. Neste sentido, prevê uma série de estudos com recortes nacional e regionais em seus territórios de intervenção, especialmente no Amazonas, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo. O objetivo é mapear a percepção da sociedade em geral, de profissionais da educação e estudantes sobre o racismo, as desigualdades raciais em geral e na educação, a efetividade das políticas de combate ao racismo, as lacunas de ferramentas e metodologias para fomento à equidade racial e as estratégicas bem-sucedidas e boas práticas nacionais e internacionais que podem inspirar ações de valorização da diversidade e das diferenças e de mitigação das desigualdades, especialmente na área de educação.

1) Pesquisa bianual de mapeamento de público sobre percepções do racismo pela sociedade brasileira.
2) Grupos focais bianuais sobre percepções do racismo pelas comunidades escolares.
3) Monitoramento e avaliação dos indicadores educacionais com análise dos indicadores da educação com foco em raça, gênero e território.
4) Estudos liderados pelas organizações que compõem o Projeto SETA sobre “educação escolar indígena”, “educação escolar quilombola”, “trajetória educacional de meninas negras”, “juventude negra, educação e violência”, “impacto da reforma do ensino médio no aprofundamento das desigualdades educacionais” e “construção participativa de indicadores e diagnóstico sobre qualidade na educação e relações raciais”.
Todas essas produções são/serão disponibilizadas publicamente para auxiliar a sociedade na construção de narrativas qualificadas, com base no retrato da realidade, em defesa da equidade racial na educação, além de orientar ações do projeto.

O PROJETO SETA – SISTEMA DE EDUCAÇÃO PARA UMA TRANSFORMAÇÃO ANTIRRACISTA É UM PROJETO APOIADO PELA FUNDAÇÃO W. K. KELLOGG, DESDE 2021, QUE REÚNE ORGANIZAÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS EM ATUAÇÃO CONJUNTA POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA ANTIRRACISTA E DE QUALIDADE.